sexta-feira, 16 de março de 2012

Home Office x Deficientes físicos

O número de empresas que conheço com dificuldades para manter a cota de deficientes físicos cada dia se faz maior. Sugeri a uma dessas empresas que utilizasse o serviço de “Home Office”, pois tinha conhecimento de profissionais capacitados e que estavam fora do mercado de trabalho às vezes por dificuldade de locomoção. Lógico é necessário uma profunda análise da situação para que o enquadramento desta modalidade seja benéfica para todos.

Segue para vocês breve explicação sobre essa modalidade de trabalho e fica a sugestão de possível solução para quem tem essa mesma dificuldade.

Home Office é a prática de trabalhar  na própria residência. Possuir um potencial escritório em seu lar a fim de efetuar totalmente, ou parte de suas tarefas de trabalho, sem a necessidade de se deslocar até o escritório da empresa em que trabalha.
Organização Internacional do Trabalho (OIT) que aceita a prática e a define como: “A forma de trabalho efetuada em lugar distante do escritório central e/ou do centro de produção, que permita a separação física e que implique o uso de uma nova tecnologia facilitadora da comunicação“.
O trabalho remoto não é indicado para pessoas que precisam de outras pessoas do seu grupo de trabalho para executar suas tarefas ou que precisam aprender sobre a organização, que precisam de treinamento durante o trabalho, que precisam uma supervisão direta para executar as tarefas, que ganham prosperidade na interação com os companheiros de trabalho e sofrem em um ambiente isolado e quando trabalham sozinhos.
Para se tornar um trabalhador remoto de sucesso é preciso ser uma pessoa organizada, disciplinada e dedicada, necessitando assim apenas uma supervisão mínima.

Diante dessa prática que está cada dia mais utilizada observa-se:
Vantagens para os trabalhadores
  • Redução de deslocamentos
  • Diminuição de custos
  • Trabalho ao ritmo individual
  • Harmonia entre a vida familiar e profissional    
  • Aumento das oportunidades profissionais
  • Melhoria da qualidade de vida
As vantagens para as Empresas
  • Aumento de produtividade   
  • Transformação da estrutura de custos da empresa
  • Flexibilidade no planejamento/estruturação de trabalho
  • Recrutamento mais eficiente / mais objetivo 
Vantagens para a sociedade
  • Diminuição da poluição   
  • Desenvolvimento regional   
  • Flexibilidade de emprego (inserção de profissionais deficientes);
Dada a ausência de legislação pátria específica sobre essa  modalidade de trabalho aconselha-se a confecção de um contrato de trabalho individualizado baseado na realidade daquele empregado e sua prestação de serviço. Devem ser detalhadas as metas de trabalho (o gerenciamento é baseado em resultados), a dispensa da marcação da jornada, seguro de saúde, remuneração e reembolso de despesas adicionais, fornecimento de equipamento, higiene e segurança no trabalho. 
Atualmente o modelo Home Office está em franca ascensão e pode ser adaptado a inúmeras atividades. Lembrando..... alguns profissionais não têm o perfil e a maturidade para tal iniciativa, ou mesmo atividades que exijam a presença de alguns membros da equipe, ou de todos.
Hoje essa atividade esta sendo usada por profissionais na área de desenvolvimento de sistema de informação que já o adotaram, e existem outras áreas que, ao pensar em infra-estrutura e processos - Vendas, Contabilidade, Artesanato, RH, Jurídico, etc. - estão se adaptando muito bem.


2 comentários:

  1. Enquadrar esses profissionais em empresas com grau de risco é muito complicado. Não sei mais o que fazer...

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  2. Está muito dificil realmente enquadrar o cumprimento da cota com as situações reais dentro da empresa onde não há posto de trabalho adequado para contratar o deficiente. Se essa dificuldade continuar deve-se marcar uma reunião a parte com o MTe para discutir a sua realidade em questão.

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